A balança tem sua origem no Egito Antigo, por volta de 5.000 a.C., sendo frequentemente representada em murais de templos e papiros. Esse instrumento tornou-se essencial para o avanço da ciência e da tecnologia, uma vez que medições precisas passaram a ser cada vez mais necessárias para experimentos e estudos. No Brasil, essas balanças desempenharam um papel crucial na mineração, especialmente para a pesagem de ouro, o mais valioso dos metais. A mineração teve início em Minas Gerais entre os séculos XVII e XVIII, consolidando-se como a principal atividade econômica do período conhecido como Ciclo do Ouro. O ouro extraído não apenas funcionava como mercadoria e moeda, mas também era amplamente utilizado na confecção de obras artísticas, como ornamentos para igrejas, e na produção de joias valiosas. As balanças de precisão eram ferramentas indispensáveis para diversos profissionais. Ourives utilizavam-nas no manuseio e na transformação do ouro em pó em joias e outros objetos de valor. Da mesma forma, altos funcionários da administração imperial dependiam dessas balanças para calcular com exatidão os impostos cobrados sobre o ouro, como o “Quinto”, tributo que correspondia a 20% do total extraído. Esses instrumentos, portanto, simbolizam a conexão entre a exploração mineral, a arte e a economia do Brasil colonial.