top of page
FUNDO2-02-02_edited.png

Última pena de morte no Brasil

28 de abril de 1876

A pacata cidade de Pilar, no interior de Alagoas, amanheceu tumultuada em 28 de abril de 1876. Calcula-se que cerca de 2 mil curiosos, inclusive vindos das vilas vizinhas, se aglomeraram para assistir à execução do negro Francisco. O escravo fora condenado à forca por matar a pauladas e punhaladas um dos homens mais respeitados de Pilar e sua mulher.

O assassino recorreu ao imperador Dom Pedro II, rogando que a pena capital fosse comutada por uma punição mais branda, como a prisão perpétua. O monarca, poucos dias antes de partir para uma temporada fora do Brasil, assinou o despacho: não haveria clemência imperial.

Acorrentado ao carrasco e com a corda já no pescoço, Francisco percorreu as ruelas da cidade num cortejo funesto até o ponto em que a forca estava armada. Na plateia havia escravos, levados por seus senhores para que o caso lhes servisse de exemplo.

Essa foi a última pena capital executada no Brasil. Depois de Francisco, nenhum criminoso perdeu a vida por ordem judicial. Encerrava-se uma prática que vinha desde o descobrimento.

nz.png

©2021 por Centro de Cultura e Memória TJ AL. Criado pelo estúdio Núcleo Zero

bottom of page