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Gangue Fardada - Assassinato do Cabo Gonçalves

09 De Março De 1996

A chamada “gangue fardada” foi um grupo criminoso formado por policiais e ex-policiais de Alagoas, acusados de homicídios, assaltos e sequestros no estado, durante as décadas de 80 e 90. Seus integrantes foram presos durante o governo de Manoel Gomes de Barros, no fim dos anos 1990.

O nome mais notório do grupo foi seu líder, o ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante, conhecido como Coronel Cavalcante. Ele foi a julgamento pela primeira vez em 2011, junto com seu irmão Marcos Antônio Cavalcante, acusado pelo homicídio qualificado de José Gonçalves da Silva, o cabo Gonçalves.

O crime ocorreu em 9 de maio de 1996. De acordo com a denúncia, Marcos Antônio Cavalcante, acompanhado de outros acusados, teria efetuado disparos contra cabo Gonçalves, enquanto coronel Cavalcante teria ficado em seu veículo, prestando auxílio aos executores.

Ambos foram absolvidos pelo Conselho de Sentença. Após recurso do Ministério Público, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) considerou que os jurados decidiram de forma contrária às provas dos autos e determinou novo julgamento. Em 21 de agosto de 2019, o caso foi novamente julgado.

Manoel Francisco Cavalcante foi condenado a 21 anos de prisão pelo homicídio qualificado de José Gonçalves da Silva, o cabo Gonçalves, 23 anos após o crime. O réu cumpria pena em regime semiaberto desde 2012, após 14 anos preso condenado por outros crimes.

O Júri foi conduzido pelo juiz Sóstenes Alex Costa de Andrade, titular da 7ª Vara Criminal da Capital, que aplicou a pena a ser cumprida em regime inicialmente fechado. O outro réu do processo, Marcos Antônio Cavalcante, irmão do coronel Cavalcante, foi julgado e absolvido pelos jurados, após afirmar que chegou a assumir o crime para evitar a prisão do irmão.

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